Restaurante Cepa, uma pérola na zona leste de SP

Pratos de um almoço no restaurante Cepa

Não é todo dia que a gente — eu, pelo menos — almoça em um restaurante indicado pelo Guia Michelin. Para conhecer o Cepa, não precisei ir a uma tradicional região gastronômica de São Paulo. Foi no bairro de casa mesmo, no Tatuapé, em uma rua tímida, que experimentei algumas delícias da cozinha autoral do chef Lucas Dante, com ingredientes frescos e sazonais.

Uma casinha de entrada simpática e convidativa na Rua Antônio Camardo, 895, abriga mesas em área coberta e ao ar livre. Fiquei na parte externa, um espaço que seria o corredor largo da casa, um lugar ainda melhor em tempos de pandemia. Era domingo e, por isso, assim como em todos os finais de semana e feriados, precisei reservar uma mesa antes, o que fiz no mesmo dia que decidimos ir — eu e o Vini.

Acomodados, hora de escolher entradas e pratos principais, tarefa árdua, porque deu vontade de experimentar um pouco de tudo. Essa vontade foi intensificada por eu já conhecer boa parte do cardápio só de acompanhar — e babar — nas fotos que o restaurante Cepa publica no Instagram. Mas a graça foi esta: ter gostado tanto da comida, do ambiente e da experiência, que prometi voltar mais vezes para provar os demais pratos.

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Café da manhã na Serra da Cantareira

Café da manhã na Serra da Cantareira

Se você quer aproveitar um café da manhã caprichado em São Paulo, mas longe da intensa capital, acorde cedo e vá ao Frutta e Crema, um espaço de tradição italiana rodeado pelo verde da Serra da Cantareira, na cidade de Mairiporã. Saindo de uma região mais central, foram cerca de 40 minutos de carro, recompensados por uma bela vista e pelo combinado matinal com até dez itens.

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Livros LGBTQ+: diversidade de gênero no tema ou na autoria

Motivada pelo Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, celebrado anualmente em 28 de junho, busquei na minha pequena biblioteca livros escritos por pessoas ou com temática LGBTQ+. Assim como há mais autores do que autoras na minha estante, eu já imaginava que teria poucos exemplares com esse perfil — recordava de três. Ao investigar os títulos e pesquisar brevemente sobre alguns autores, o resultado foi um pouco melhor: cinco belas obras.

Já escrevi sobre um deles aqui no blog e falei de outros três no meu Instagram. O quinto livro, eu li quando produzia um programa de literatura para televisão, há uns oito anos. Reúno todos eles aqui hoje para dar mais visibilidade a esses livros e ampliar a conscientização acerca da diversidade de gênero — não só literário.

Acredito que quanto mais gente conhecer pessoas e livros LGBTQ+, mais seremos capazes de construir um mundo mais empático, solidário, respeitoso, livre das fobias de gênero. Justamente por isso, se você sabe de outras obras escritas por ou com essa temática, me indique =) Enquanto isso, veja as que tenho por aqui!

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Resenha: ‘As Rosas e a Revolução’ une ficção e realidade

As Rosas e a Revolução

No universo literário, a ficção tem espaço privilegiado em minhas escolhas, mas o retrato do mundo real me é igualmente encantador. No livro As Rosas e a Revolução, lançado em 2014, esses dois universos se encontram na habilidosa narrativa de Karina Dias, escritora de literatura lésbica.

A história tem como cenário o movimento estudantil durante a ditadura militar no Brasil, iniciado em 1968, e relata a vida amorosa de Vilma, de 17 anos, em meio a essa época intensa e cheia de transformações. Na obra, acompanhamos também as descobertas e evolução da personagem no campo social e político.

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Resenha: Rodízio de fondue com preço acessível na zona leste de SP

Texto atualizado em 30 de maio de 2021. Relato da experiência segue sendo de 2016. Devido à pandemia do novo coronavírus, o Restaurante Ímpar atende com limite de capacidade no salão, mas funciona com entrega e retirada. Se possível, fique em casa.

Não sei vocês, mas fondue que tem de ficar fritando a carne no tacho não é pra mim, ainda mais se a fome está apertando. Além de demorar (porque se você coloca mais de um pedaço, demora, e depois de um tempo parece que o óleo não aquece mais), você corre o risco de se queimar se for tão atrapalhada quanto eu ou sair do restaurante cheirando a fritura.

Então, para quem busca praticidade a um preço acessível, super recomendo o Restaurante Ímpar, localizado na Vila Matilde, zona leste da capital paulista. Fica próximo à estação de metrô Patriarca, na Linha 3-Vermelha do Metrô. Continue lendo “Resenha: Rodízio de fondue com preço acessível na zona leste de SP”

Resenha: Os Bebês de Auschwitz


Esse é um dos tantos livros que eu gostaria de ter escrito, tanto pela temática que me fascina, como já contei em outra resenha, quanto por ter sido escrito por uma também jornalista. O final era cada vez tão mais esperado por mim que passei a virada do Natal terminando de ler.

Relatos históricos e biográficos me prendem, e Os Bebês de Auschwitz, publicado em 2015 pela Globo Livros, traz um pouco dos dois ao relatar a história de três jovens, na casa dos 20 anos de idade, que esconderam a gravidez durante a Segunda Guerra Mundial e sobreviveram, mães e filhos. Como dedica a autora Wendy Holden, “[…] filhos, nascidos num mundo que não desejava que eles existissem.”

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Resenha: Meu Pé de Laranja Lima

No Natal, às vezes nasce o menino Diabo.

E esse menino, que dizem ter o diabo no sangue ou como padrinho, se chama Zezé, tem de cinco para seis anos de idade, aprendeu a ler bem cedo com o Tio Edmundo e vive fazendo peraltices pela vizinhança. Um dia, ele apanhou tanto que deu dó. Mas ele não é mau, nem tem o diabinho no corpo, apenas não consegue medir as consequências dos seus atos. Inocência de criança.

Nasceu em uma família pobre, tem muitos irmãos, sendo que os mais velhos cuidam dos mais novos. Glória é a que mais cuida, briga e, às vezes, protege Zezé, enquanto ele fica por cuidar do caçula Luis.

Meu Pé de Laranja Lima é, a princípio, um livro de José Mauro de Vasconcelos, publicado em 1968. Depois, a história foi adaptada para televisão, cinema e teatro. Como sempre, primeiro li o livro e depois assisti ao filme, dirigido por Marcos Bernstein, que foi exibido pela primeira vez no Festival do Rio em 2012 e lançado em abril de 2013. Recomendo as duas produções, mas principalmente que leiam o livro.

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Resenha: MAUS, uma HQ sobre o holocausto judeu

Sempre gostei de estudar História e, sem dúvidas, há uma forte ligação entre ela e o jornalismo. Entender o que aconteceu no passado nos faz também compreender o presente, e isso é fantástico!

Entre os vários acontecimentos na história da humanidade, alguns que a gente aprende na escola, um que me chama atenção, me emociona e faz refletir é o holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Gosto de estudar esse tema, assisto a filmes e leio desde os próprios relatos históricos até livros de ficção que mesclam a realidade daquele tempo com acontecimentos inventados.

No segundo ano da graduação, inclusive, tive a honra de escrever o perfil de um sobrevivente do holocausto, o senhor Michel Dymetman. Foi uma oportunidade e tanto! Mas dos vários relatos autobiográficos sobre o holocausto, quero apresentar hoje um que tem formato diferente: MAUS, uma história em quadrinhos.

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Resenha: Fábrica de Cultura do Belém

Para quem ainda não sabe, fiz aulas de violino e dança de salão na Fábrica de Cultura do Belém, então estive lá, pelo menos, três vezes por semana. Gosto bastante do lugar, tem atrações diversas e uma biblioteca linda!

O programa Fábricas de Cultura é um projeto da Secretaria de Estado da Cultura que oferece atividades gratuitas à comunidade. Curiosidade: a Fábrica de Cultura do Belém funciona no edifício onde, na década de 1930, abrigava o Reformatório para Meninas, quase destruído nos anos 1990.

Com a reforma, o espaço ganhou salas de aula, biblioteca e passou a oferecer cursos de música, dança, teatro, circo, fotografia, xadrez e artes visuais. Todos são gratuitos e podem ser feitos por tempo indeterminado, ou seja, não há um período fechado de, por exemplo, um ano; você pode se rematricular sempre a cada fim de semestre.

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