Restaurante Cepa, uma pérola na zona leste de SP

Pratos de um almoço no restaurante Cepa

Não é todo dia que a gente — eu, pelo menos — almoça em um restaurante indicado pelo Guia Michelin. Para conhecer o Cepa, não precisei ir a uma tradicional região gastronômica de São Paulo. Foi no bairro de casa mesmo, no Tatuapé, em uma rua tímida, que experimentei algumas delícias da cozinha autoral do chef Lucas Dante, com ingredientes frescos e sazonais.

Uma casinha de entrada simpática e convidativa na Rua Antônio Camardo, 895, abriga mesas em área coberta e ao ar livre. Fiquei na parte externa, um espaço que seria o corredor largo da casa, um lugar ainda melhor em tempos de pandemia. Era domingo e, por isso, assim como em todos os finais de semana e feriados, precisei reservar uma mesa antes, o que fiz no mesmo dia que decidimos ir — eu e o Vini.

Acomodados, hora de escolher entradas e pratos principais, tarefa árdua, porque deu vontade de experimentar um pouco de tudo. Essa vontade foi intensificada por eu já conhecer boa parte do cardápio só de acompanhar — e babar — nas fotos que o restaurante Cepa publica no Instagram. Mas a graça foi esta: ter gostado tanto da comida, do ambiente e da experiência, que prometi voltar mais vezes para provar os demais pratos.

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Café da manhã na Serra da Cantareira

Café da manhã na Serra da Cantareira

Se você quer aproveitar um café da manhã caprichado em São Paulo, mas longe da intensa capital, acorde cedo e vá ao Frutta e Crema, um espaço de tradição italiana rodeado pelo verde da Serra da Cantareira, na cidade de Mairiporã. Saindo de uma região mais central, foram cerca de 40 minutos de carro, recompensados por uma bela vista e pelo combinado matinal com até dez itens.

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Quando surge um imprevisto

Imprevistos acontecem, é fato, e como lidar com eles é uma pergunta para a qual o Google me deu cerca de 529 mil respostas em menos de meio segundo. Tem imprevisto para todos os gostos: de vida, financeiro, no trabalho, nos negócios e no casamento. A dica de ouro, que de diferentes formas aparece em todos os cenários, é se antecipar ao que pode acontecer — dependendo do caso, tem até lista de possíveis ocorrências.

Na teoria, é simples: prever o imprevisto te ajuda a se preparar para quando ele acontecer, assim você terá um plano B e saberá lidar de forma mais calma com a situação. Fácil, né? Com essa dose de ironia, digo que não. Um ponto crucial que essas milhares de respostas prontas parecem desconsiderar é a individualidade humana. Deixam de lado também o óbvio, que o imprevisto é essa coisa inesperada, sem previsão.

Desculpa, Google, mas você não tem todas as respostas. Somente quem vive o imprevisto é capaz de descobrir — e desenvolver — a melhor forma de lidar com ele e com as reações advindas dele, seja frustração, indignação ou mesmo a calma.

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Livros LGBTQ+: diversidade de gênero no tema ou na autoria

Motivada pelo Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, celebrado anualmente em 28 de junho, busquei na minha pequena biblioteca livros escritos por pessoas ou com temática LGBTQ+. Assim como há mais autores do que autoras na minha estante, eu já imaginava que teria poucos exemplares com esse perfil — recordava de três. Ao investigar os títulos e pesquisar brevemente sobre alguns autores, o resultado foi um pouco melhor: cinco belas obras.

Já escrevi sobre um deles aqui no blog e falei de outros três no meu Instagram. O quinto livro, eu li quando produzia um programa de literatura para televisão, há uns oito anos. Reúno todos eles aqui hoje para dar mais visibilidade a esses livros e ampliar a conscientização acerca da diversidade de gênero — não só literário.

Acredito que quanto mais gente conhecer pessoas e livros LGBTQ+, mais seremos capazes de construir um mundo mais empático, solidário, respeitoso, livre das fobias de gênero. Justamente por isso, se você sabe de outras obras escritas por ou com essa temática, me indique =) Enquanto isso, veja as que tenho por aqui!

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Resenha: ‘As Rosas e a Revolução’ une ficção e realidade

As Rosas e a Revolução

No universo literário, a ficção tem espaço privilegiado em minhas escolhas, mas o retrato do mundo real me é igualmente encantador. No livro As Rosas e a Revolução, lançado em 2014, esses dois universos se encontram na habilidosa narrativa de Karina Dias, escritora de literatura lésbica.

A história tem como cenário o movimento estudantil durante a ditadura militar no Brasil, iniciado em 1968, e relata a vida amorosa de Vilma, de 17 anos, em meio a essa época intensa e cheia de transformações. Na obra, acompanhamos também as descobertas e evolução da personagem no campo social e político.

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Sobre fazer o que faz sentido

Quase cinco anos se passaram desde a última publicação neste blog. Nesse período, fiz o segundo trainee em jornalismo, fui contratada na empresa que tanto desejei, estive fora do Brasil pela primeira vez, morei sozinha, mudei de casa, sofri um acidente de carro, vivo numa pandemia, comecei a fazer psicoterapia… Uma infinidade de outras coisas aconteceram e eu estava sempre pensando em retornar a este espaço. Depois de muito postergar, ter dúvidas e mudar o visual dele, aqui estou.

Volto com poucas pretensões e nenhuma promessa. Calma, eu explico. Isso não tem a ver com falta de confiança e compromisso, mas, sim, é um reconhecimento das minhas capacidades e limitações como ser humano. É estar aprendendo a fazer o que faz sentido.

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Resenha: Rodízio de fondue com preço acessível na zona leste de SP

Texto atualizado em 30 de maio de 2021. Relato da experiência segue sendo de 2016. Devido à pandemia do novo coronavírus, o Restaurante Ímpar atende com limite de capacidade no salão, mas funciona com entrega e retirada. Se possível, fique em casa.

Não sei vocês, mas fondue que tem de ficar fritando a carne no tacho não é pra mim, ainda mais se a fome está apertando. Além de demorar (porque se você coloca mais de um pedaço, demora, e depois de um tempo parece que o óleo não aquece mais), você corre o risco de se queimar se for tão atrapalhada quanto eu ou sair do restaurante cheirando a fritura.

Então, para quem busca praticidade a um preço acessível, super recomendo o Restaurante Ímpar, localizado na Vila Matilde, zona leste da capital paulista. Fica próximo à estação de metrô Patriarca, na Linha 3-Vermelha do Metrô. Continue lendo “Resenha: Rodízio de fondue com preço acessível na zona leste de SP”

7 mapas revelam as diferenças regionais do Brasil

Durante o Curso Abril de Jornalismo 2016, concluído em março daquele ano, tive uma semana de experiência no site da revista Exame com a missão de pesquisar, limpar, filtrar e analisar dados de diferentes setores do Brasil, como política, economia, educação e saneamento.

Foi a primeira vez que tive contato, para a execução de uma reportagem, com algumas bases de dados gigantes. Algumas estavam divididas em muitos arquivos, outras eram muito sujas e umas demandavam uma análise cuidadosa para entendê-las. Conversas com especialistas ajudaram a compreender os cenários encontrados nos números e que refletiam um País de desigualdades.

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Jovens e religião: diferentes crenças na busca por respeito

A diversidade é algo muito característico do Brasil e fica clara na quantidade de religiões: temos por volta de 20 crenças mapeadas pelo censo nacional. Apesar de católicos e evangélicos serem quase nove em cada dez brasileiros, há outras que precisam ser reconhecidas e, principalmente, respeitadas.

Para trazer a fé minoritária para perto, conversei com quatro jovens — um deles sem religião — para saber no que acreditam e como é a relação deles com as crenças que seguem.

A Salwa seguiu o islamismo do pai, mas não usa hijab (apesar de obrigatório, a pessoa muçulmana pode se valer do livre arbítrio para não usá-lo) e diz que nem enfrenta problemas por conta da religião. O irmão dela, Samer, é agnóstico e acredita que há algo divino no mundo que pode ser Deus ou outra coisa e é respeitado na família multirreligiosa.

Já o Cauan é budista e usa a meditação como forma de melhorar a si e as relações. A Julia se dedica à umbanda, religião de descendência africana.

Cada uma dessas crenças representa menos de 1% da população brasileira entre 15 e 24 anos, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, estamos falando de minorias religiosas.

Conheça mais sobre eles abaixo:

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Histórias em quadrinhos não são coisa de criança

As histórias em quadrinhos vão muito além dos gibis infantojuvenis ou dos mercados que ganham milhões com histórias de super-heróis e vilões.

Desde que o cartunista norte-americano Richard Outcault criou o Yellow Kid (Menino Amarelo, em tradução livre), em 1895, e formalizou a linguagem e características das HQs como a conhecemos hoje, elas deixaram de ser apenas entretenimento e se tornaram meios de discutir assuntos mais sérios, como política, sociedade e religião.

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