Livros LGBTQ+: diversidade de gênero no tema ou na autoria

Motivada pelo Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, celebrado anualmente em 28 de junho, busquei na minha pequena biblioteca livros escritos por pessoas ou com temática LGBTQ+. Assim como há mais autores do que autoras na minha estante, eu já imaginava que teria poucos exemplares com esse perfil — recordava de três. Ao investigar os títulos e pesquisar brevemente sobre alguns autores, o resultado foi um pouco melhor: cinco belas obras.

Já escrevi sobre um deles aqui no blog e falei de outros três no meu Instagram. O quinto livro, eu li quando produzia um programa de literatura para televisão, há uns oito anos. Reúno todos eles aqui hoje para dar mais visibilidade a esses livros e ampliar a conscientização acerca da diversidade de gênero — não só literário.

Acredito que quanto mais gente conhecer pessoas e livros LGBTQ+, mais seremos capazes de construir um mundo mais empático, solidário, respeitoso, livre das fobias de gênero. Justamente por isso, se você sabe de outras obras escritas por ou com essa temática, me indique =) Enquanto isso, veja as que tenho por aqui!

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Resenha: ‘As Rosas e a Revolução’ une ficção e realidade

As Rosas e a Revolução

No universo literário, a ficção tem espaço privilegiado em minhas escolhas, mas o retrato do mundo real me é igualmente encantador. No livro As Rosas e a Revolução, lançado em 2014, esses dois universos se encontram na habilidosa narrativa de Karina Dias, escritora de literatura lésbica.

A história tem como cenário o movimento estudantil durante a ditadura militar no Brasil, iniciado em 1968, e relata a vida amorosa de Vilma, de 17 anos, em meio a essa época intensa e cheia de transformações. Na obra, acompanhamos também as descobertas e evolução da personagem no campo social e político.

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Resenha: Os Bebês de Auschwitz


Esse é um dos tantos livros que eu gostaria de ter escrito, tanto pela temática que me fascina, como já contei em outra resenha, quanto por ter sido escrito por uma também jornalista. O final era cada vez tão mais esperado por mim que passei a virada do Natal terminando de ler.

Relatos históricos e biográficos me prendem, e Os Bebês de Auschwitz, publicado em 2015 pela Globo Livros, traz um pouco dos dois ao relatar a história de três jovens, na casa dos 20 anos de idade, que esconderam a gravidez durante a Segunda Guerra Mundial e sobreviveram, mães e filhos. Como dedica a autora Wendy Holden, “[…] filhos, nascidos num mundo que não desejava que eles existissem.”

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Resenha: Meu Pé de Laranja Lima

No Natal, às vezes nasce o menino Diabo.

E esse menino, que dizem ter o diabo no sangue ou como padrinho, se chama Zezé, tem de cinco para seis anos de idade, aprendeu a ler bem cedo com o Tio Edmundo e vive fazendo peraltices pela vizinhança. Um dia, ele apanhou tanto que deu dó. Mas ele não é mau, nem tem o diabinho no corpo, apenas não consegue medir as consequências dos seus atos. Inocência de criança.

Nasceu em uma família pobre, tem muitos irmãos, sendo que os mais velhos cuidam dos mais novos. Glória é a que mais cuida, briga e, às vezes, protege Zezé, enquanto ele fica por cuidar do caçula Luis.

Meu Pé de Laranja Lima é, a princípio, um livro de José Mauro de Vasconcelos, publicado em 1968. Depois, a história foi adaptada para televisão, cinema e teatro. Como sempre, primeiro li o livro e depois assisti ao filme, dirigido por Marcos Bernstein, que foi exibido pela primeira vez no Festival do Rio em 2012 e lançado em abril de 2013. Recomendo as duas produções, mas principalmente que leiam o livro.

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Resenha: MAUS, uma HQ sobre o holocausto judeu

Sempre gostei de estudar História e, sem dúvidas, há uma forte ligação entre ela e o jornalismo. Entender o que aconteceu no passado nos faz também compreender o presente, e isso é fantástico!

Entre os vários acontecimentos na história da humanidade, alguns que a gente aprende na escola, um que me chama atenção, me emociona e faz refletir é o holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Gosto de estudar esse tema, assisto a filmes e leio desde os próprios relatos históricos até livros de ficção que mesclam a realidade daquele tempo com acontecimentos inventados.

No segundo ano da graduação, inclusive, tive a honra de escrever o perfil de um sobrevivente do holocausto, o senhor Michel Dymetman. Foi uma oportunidade e tanto! Mas dos vários relatos autobiográficos sobre o holocausto, quero apresentar hoje um que tem formato diferente: MAUS, uma história em quadrinhos.

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