7 mapas revelam as diferenças regionais do Brasil

Durante o Curso Abril de Jornalismo 2016, concluído em março daquele ano, tive uma semana de experiência no site da revista Exame com a missão de pesquisar, limpar, filtrar e analisar dados de diferentes setores do Brasil, como política, economia, educação e saneamento.

Foi a primeira vez que tive contato, para a execução de uma reportagem, com algumas bases de dados gigantes. Algumas estavam divididas em muitos arquivos, outras eram muito sujas e umas demandavam uma análise cuidadosa para entendê-las. Conversas com especialistas ajudaram a compreender os cenários encontrados nos números e que refletiam um País de desigualdades.

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Jovens e religião: diferentes crenças na busca por respeito

A diversidade é algo muito característico do Brasil e fica clara na quantidade de religiões: temos por volta de 20 crenças mapeadas pelo censo nacional. Apesar de católicos e evangélicos serem quase nove em cada dez brasileiros, há outras que precisam ser reconhecidas e, principalmente, respeitadas.

Para trazer a fé minoritária para perto, conversei com quatro jovens — um deles sem religião — para saber no que acreditam e como é a relação deles com as crenças que seguem.

A Salwa seguiu o islamismo do pai, mas não usa hijab (apesar de obrigatório, a pessoa muçulmana pode se valer do livre arbítrio para não usá-lo) e diz que nem enfrenta problemas por conta da religião. O irmão dela, Samer, é agnóstico e acredita que há algo divino no mundo que pode ser Deus ou outra coisa e é respeitado na família multirreligiosa.

Já o Cauan é budista e usa a meditação como forma de melhorar a si e as relações. A Julia se dedica à umbanda, religião de descendência africana.

Cada uma dessas crenças representa menos de 1% da população brasileira entre 15 e 24 anos, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, estamos falando de minorias religiosas.

Conheça mais sobre eles abaixo:

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Histórias em quadrinhos não são coisa de criança

As histórias em quadrinhos vão muito além dos gibis infantojuvenis ou dos mercados que ganham milhões com histórias de super-heróis e vilões.

Desde que o cartunista norte-americano Richard Outcault criou o Yellow Kid (Menino Amarelo, em tradução livre), em 1895, e formalizou a linguagem e características das HQs como a conhecemos hoje, elas deixaram de ser apenas entretenimento e se tornaram meios de discutir assuntos mais sérios, como política, sociedade e religião.

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#SãoPaulo462anos

Para comemorar o aniversário de 462 anos da cidade de São Paulo, a maior da América Latina, me aventurei numa ferramenta que conheci durante um curso da Escola de Dados. Eis, então, uma linha do tempo que mostra um pouquinho da história e dos lugares aonde podemos ir hoje e conhecer de perto como tudo começou.

Atualmente, resta pouco dos três primeiros séculos da existência da capital paulista. A memória que se tem é recente, basicamente do século 19, e pode ser encontrada em livros, canções e, melhor ainda, em locais que permanecem desde a fundação dessa metrópole, hoje com quase 12 milhões de pessoas.

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Parkour é uma forma de escalar e ocupar a cidade

Um passo largo, um pé na quina da mureta. Outro passo mais largo e é o topo da escadaria. Os dois joelhos são flexionados para amortecer. Tudo isso em quatro segundos.

De maneira simples, parkour é a arte do deslocamento pela cidade e trata de ir do ponto A ao B o mais rápido e eficientemente possível, fazendo o corpo interagir com o espaço público. Nessa lógica, é mais fácil pular obstáculos numa linha reta do que fazer desvios.

Nascido nas ruas, a prática faz os movimentos se integrarem à arquitetura do espaço. Assim, fazer parkour tem relação com reconhecer o território, encarar desafios sempre diferentes — porque um lugar nunca é igual ao outro — e se adaptar a eles.

A gente absorve muito do que o ambiente apresenta de possibilidades, por isso opta por treinar mais na rua do que na academia. É uma questão de você sair da sua área de conforto. – Catiele Senciel, 24 anos.

Parkour tem tudo a ver com as ruas. Além de ocupar a cidade, você fortalece o corpo e a mente. Continue lendo “Parkour é uma forma de escalar e ocupar a cidade”

O primeiro prêmio da carreira

No dia 19 de novembro desse ano, fui a Brasília com a jornalista Larissa Valença participar da cerimônia de premiação do Prêmio Undime de Jornalismo, que tem como objetivo valorizar e reconhecer a prática jornalística voltada à identificação e discussão de boas iniciativas municipais na educação básica pública.

Mesmo sabendo que estávamos entre os 13 finalistas (de 202 trabalhos avaliados) e que iríamos ser reconhecidas em alguma posição, ainda me era inacreditável estar ali. Ficamos em 3º lugar na categoria webjornalismo, mais do que eu poderia esperar.

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Jovens surdos: eles vivem numa bolha?

Um dia, vi na TV do metrô uma banda chilena que fez um videoclipe para surdos. Ali estava mais uma forma de inclusão, de chamar para mais perto quem é deficiente auditivo, pois, além de sentir a vibração da música, eles podiam também entender a letra.

Pensando naquilo, tive a curiosidade de saber como é o dia a dia de pessoas surdas, se elas vivem num mundo à parte pela falta de comunicação predominante na sociedade, que é ouvinte. Nasceu aí a pauta e eu resolvi conversar com jovens surdos. Percebi que a dificuldade era mais minha do que deles. Foi enriquecedor. A seguir, a reportagem.

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Eu resolvi entrevistar jovens surdos (sem saber Libras)

Sem saber praticamente nada da língua de sinais, eu quis conversar com jovens surdos para saber como é para eles se relacionar numa sociedade predominantemente ouvinte.

Embora soubesse uma ou outra coisa da Língua de Sinais, fiquei mega nervosa na hora H e tive de apelar para bilhetes. As pessoas que abordei foram receptivas e pacientes com minha incapacidade. Fiquei pensando se os ouvintes são assim com eles.

Cerca de 5% da população brasileira tem deficiência auditiva, segundo o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São cerca de 9,7 milhões de pessoas e aproximadamente 1 milhão são crianças e jovens até 19 anos.

Fiz aulas de Libras na faculdade com a professora Leliane Rocha e aprendi o que me ajudou minimamente a fazer esse primeiro contato: o alfabeto manual — para dizer meu nome — e, entre outras coisas que acabei esquecendo, a falar “oi” e “eu te amo”, mas isso era nada diante do que eu queria.

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Uma escola em que os alunos têm voz

A ideia era falar sobre ensino democrático e, nas pesquisas, encontrei algumas escolas de ensino fundamental voltadas para essa prática. Porém, me deparei depois com uma escola para jovens e adultos. Me pareceu um desafio a mais, e o trabalho que eles realizam é incrível! A Larissa Valença, que conheço desde a faculdade, veio nessa comigo para mostrar tudo. Espero que a história do Cieja Campo Limpo seja inspiradora não só para educadores e educandos, mas para todos nós!

O portão fica aberto e qualquer um pode entrar das 7h às 22h30: há idosos, adolescentes, deficientes e menores de idade infratores. Nas salas, grupos de 4 a 5 pessoas estudam por cerca de 2 horas sobre um assunto. Há paredes coloridas, flores e um jardim. Tem também o piso amarelo, um espaço pra fazer nada — e falar sobre isso —, reivindicado pelos alunos.

O Cieja Campo Limpo, uma escola para jovens e adultos, fica num dos bairros mais violentos de São Paulo, o Capão Redondo — segundo lugar no ranking da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em 2014.

A escola, que era um centro municipal de ensino supletivo (Cemes), começou a mudar há mais de dez anos quando passou a usar os princípios de Paulo Freire para criar um ensino que dialogasse com a realidade das pessoas.

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Beco do Batman: mais de 30 anos de história

Quem desce a Rua Luis Murat, aos fundos do Cemitério São Paulo, talvez não imagine o que se esconde logo na primeira entrada à direita. O acesso para a Rua Gonçalo Afonso é a porta de entrada para um labirinto artístico onde é possível se perder com a beleza e a mensagem que as pinturas transmitem ao passante. O Beco do Batman é atração da Vila Madalena há mais de 30 anos.

O artista plástico Rui Amaral é um dos pioneiros do graffiti no Brasil e junto a outros grafiteiros deu início às pinturas nesse local que é uma das atrações da Vila Madalena. “O local era abandonado, as pessoas tinham medo de passar ali à noite. Conheci artistas do bairro e começamos a pintar toda semana”, lembra.

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