Uma escola em que os alunos têm voz

A ideia era falar sobre ensino democrático e, nas pesquisas, encontrei algumas escolas de ensino fundamental voltadas para essa prática. Porém, me deparei depois com uma escola para jovens e adultos. Me pareceu um desafio a mais, e o trabalho que eles realizam é incrível! A Larissa Valença, que conheço desde a faculdade, veio nessa comigo para mostrar tudo. Espero que a história do Cieja Campo Limpo seja inspiradora não só para educadores e educandos, mas para todos nós!

O portão fica aberto e qualquer um pode entrar das 7h às 22h30: há idosos, adolescentes, deficientes e menores de idade infratores. Nas salas, grupos de 4 a 5 pessoas estudam por cerca de 2 horas sobre um assunto. Há paredes coloridas, flores e um jardim. Tem também o piso amarelo, um espaço pra fazer nada — e falar sobre isso —, reivindicado pelos alunos.

O Cieja Campo Limpo, uma escola para jovens e adultos, fica num dos bairros mais violentos de São Paulo, o Capão Redondo — segundo lugar no ranking da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em 2014.

A escola, que era um centro municipal de ensino supletivo (Cemes), começou a mudar há mais de dez anos quando passou a usar os princípios de Paulo Freire para criar um ensino que dialogasse com a realidade das pessoas.

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Beco do Batman: mais de 30 anos de história

Quem desce a Rua Luis Murat, aos fundos do Cemitério São Paulo, talvez não imagine o que se esconde logo na primeira entrada à direita. O acesso para a Rua Gonçalo Afonso é a porta de entrada para um labirinto artístico onde é possível se perder com a beleza e a mensagem que as pinturas transmitem ao passante. O Beco do Batman é atração da Vila Madalena há mais de 30 anos.

O artista plástico Rui Amaral é um dos pioneiros do graffiti no Brasil e junto a outros grafiteiros deu início às pinturas nesse local que é uma das atrações da Vila Madalena. “O local era abandonado, as pessoas tinham medo de passar ali à noite. Conheci artistas do bairro e começamos a pintar toda semana”, lembra.

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Escolher um trabalho tem a ver com quem você é

Meu avô queria que eu fosse médica, mas até hoje passo mal vendo sangue. Minha mãe sugeriu Direito ou que eu fosse comissária de bordo, mas um não me atraía e só recentemente descobri como faz para ser uma daquelas bem arrumadas aeromoças. No fim, escolhi jornalismo.

É tanta pressão, influência e opção que a gente fica sem saber o que quer e do que gosta — e isso é fundamental para escolher o que fazer, diz o psicólogo e orientador profissional Valdemar Bacalhau.

Ele percebeu três problemas na hora de decidir:

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Resenha: Fábrica de Cultura do Belém

Para quem ainda não sabe, fiz aulas de violino e dança de salão na Fábrica de Cultura do Belém, então estive lá, pelo menos, três vezes por semana. Gosto bastante do lugar, tem atrações diversas e uma biblioteca linda!

O programa Fábricas de Cultura é um projeto da Secretaria de Estado da Cultura que oferece atividades gratuitas à comunidade. Curiosidade: a Fábrica de Cultura do Belém funciona no edifício onde, na década de 1930, abrigava o Reformatório para Meninas, quase destruído nos anos 1990.

Com a reforma, o espaço ganhou salas de aula, biblioteca e passou a oferecer cursos de música, dança, teatro, circo, fotografia, xadrez e artes visuais. Todos são gratuitos e podem ser feitos por tempo indeterminado, ou seja, não há um período fechado de, por exemplo, um ano; você pode se rematricular sempre a cada fim de semestre.

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